EAD em queda? Veja como micro certificações podem virar o jogo
- contaprofissionald6
- 22 de set.
- 3 min de leitura
O retrato atual: EAD em queda
O EAD, que por muitos anos foi o motor do crescimento no ensino superior, mostrou retração no primeiro semestre de 2025. A má notícia: não foi apenas o presencial que sofreu — até o digital, antes blindado, sentiu.
Mas existe uma explicação que vai além da “crise do setor”: os cursos abertos da internet ganharam espaço. Hotmart, produtores independentes e “gurus” de marketing ocuparam o território das instituições.
Por que eles avançaram tanto?
Menor barreira de entrada.
Comunicação direta com o público-alvo.
Agilidade para lançar novidades.
Especialização imediata.
Oportunidade perdida ou caminho de ouro?
O que esses cursos fazem bem é exatamente o que as IEs poderiam dominar melhor: agilidade, especialização e proximidade. Mas com um diferencial que o mercado informal não tem: qualidade acadêmica, profundidade metodológica e credibilidade institucional.
Ao invés de tentar reinventar o EAD inteiro, a chave pode estar em algo mais simples: micro certificações e cursos livres especializados.
Mais que receita: aquisição de leads
A grande virada de chave é não enxergar esses cursos apenas como uma nova linha de receita, mas sim como um funil de captação altamente qualificado.
Pense como um banco digital: ele não oferece apenas a conta grátis, mas usa esse primeiro contato para vender cartão, investimentos, seguros. O curso livre, nesse caso, é a “conta grátis” da IE — a porta de entrada para um relacionamento de longo prazo.
Framework prático para aplicar amanhã
1️⃣ Escolha estratégica de produto: selecione temas com alta demanda no digital, como Tráfego Pago, Gastronomia Funcional ou Data Science.
2️⃣ Curso rápido e especializado: crie um curso livre, por exemplo, “Análise de Dados em Campanhas Pagas”.
3️⃣ Preço competitivo: ticket acessível (ex.: 12x de R$197) para ampliar a base.
4️⃣ Primeira conversão: conquiste 100 a 150 alunos nesse curso.
5️⃣ Qualificação automática: trate esses alunos como leads de altíssimo valor para graduações e pós-graduações correlatas.
6️⃣ Régua de relacionamento: nutra esses alunos, eleve gradualmente a consciência e ofereça programas mais longos.
Esse ciclo transforma o marketing da IE. Ao invés de gastar fortunas todo semestre para “comprar leads” da Meta, a instituição passa a controlar sua própria base.
Resultados esperados (mínimo 2 anos)
Essa não é uma estratégia de curto prazo. Mas em 24 meses, uma instituição que dominar esse processo vai:
Reduzir custo de aquisição de alunos.
Criar um pipeline constante e previsível.
Formar um ecossistema próprio de aquisição.
E, principalmente, terá deixado de disputar apenas no leilão de tráfego pago.
Nichos com maior potencial
Tecnologia (Data Science, UX, Tráfego Pago).
Gastronomia (Cozinha funcional, confeitaria).
Saúde (Nutrição esportiva, cuidados com idosos).
Educação (Metodologias ativas, mediação de conflitos).
Cada nicho pode se tornar um laboratório de aquisição para cursos maiores, transformando o desafio atual em diferencial competitivo.
✅ Conclusão
Enquanto muitos lamentam a retração do EAD, algumas instituições vão aproveitar para construir um funil de longo prazo baseado em micro certificações. O que derruba a maioria não é a estratégia em si, mas a falta de execução. Quem começar agora, com nichos bem escolhidos, terá em dois anos um ecossistema próprio de aquisição — mais barato, mais previsível e mais lucrativo.
📌 Dicas práticas:
Liste hoje mesmo três cursos curtos com alta procura no seu nicho.
Estruture uma régua de relacionamento que não pare no curso, mas projete a jornada até a graduação ou pós.
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